Descrição

Sangue! Palavra tão doce que chega a adoçar os lábios no simples ato de pronuncia-la... Um gole para a eternidade... É com o doce sabor de vitae que queremos nos apresentar. Talvez já tenha ouvido falar de nós, seres das trevas, criaturas da noite, sangue-sugas, vampiros ou simplesmente cainitas , como preferimos ser chamados... Mais um gole da doce vida mortal... As narrativas que se seguem nesse espaço foram deliciosamente escritas com as doces gotas de sangue daqueles que gentilmente (ou não rs ) cederam o elixir das suas vidas medíocres, para que pudéssemos estar aqui, relatando-as para você... Último gole da existência... Seja bem vindo, e cuidado ao caminhar em noites sombrias, talvez seja seu sangue a escorrer pelas nossas presas da próxima vez.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Genevieve Corsat (Luciana Rosa)


Prelúdio

Nasci no ano de 1790 em uma família de nobres, os Corsat, possuíamos muitos bens e tive uma vida muito confortável. Sempre tive um genio muito difícil para aceitar as coisas que empunham para mim, recebi muitos castigos na minha infância por isso, mas meu pai relevava às vezes acreditando que era apenas uma fase e que quando crescesse me tornaria em uma jovem de acordo com os padrões da sociedade.

Aos 15 anos minha família começara a falar em arranjar um casamento para mim, mas não levei muito a serio pois pensei que não me obrigariam a casar se não quisesse. Mas no ano seguinte quando estava para completar 16 anos poucos dias antes de meu aniversário fui informada que iria com minha família jantar na casa de outro nobre, de

uma família mais rica, recusei de inicio, mas meu pai me obrigou a ir e exigiu que me comportasse bem, quando cheguei lá fui apresentada à Loui Point Du Lac um homem já na faixa de seus 40 anos, gordo e de baixa estatura, olhei para minha mãe com um olhar de reprovação para com aquele homem, mas ela fingiu não perceber o que me deixo angustiada com toda aquela situação, me comportei bem durante a ocasião reparando nos olhares do Loui e sentindo repulsa cada vez que percebia isso, estava decidida a conversar com minha mãe quando chegasse em casa para que ela tentasse convencer meu pai e explicar que não queria me casar com aquele homem, mas quando meu pai praticamente deu a minha mão para Loui quando estávamos partindo, enlouqueci disse que não me casaria com aquele velho, quebrei quase tudo que vi pela frente e contei a pior mentira que me veio na hora, disse que não era mais virgem deixando a todos horrorizados, minha mãe e meu irmão me tiraram da casa enquanto meu pai tentava convencer a Loui a não contar a ninguém o que acabara de acontecer alegando que assim nunca conseguiria me casar; Chegando eu casa meus pais me trancaram no quarto, meu pai brigava com minha mãe alegando que ela não cuidara de mim direito e que nossa família estava arruinada que eu comprometera até o meu irmão que agora meu pai não poderia cobrar um dote alto pelo seu casamento, e enquanto escutara todo essa discussão acabei adormecendo em meu travesseiro molhado de lagrimas acreditando que aquilo tudo passaria e que amanha tudo ficaria bem.

Acordara com minha mãe e a empregada enchendo um baú com todas as minhas roupas, pulei da cama e a perguntei o que estava acontecendo e foi quando meu pai entrou no quarto e disse que para o meu e o bem de toda a família eu iria para um convento, entrei em pânico quando ele disse isso, olhei para minha mãe com um olhar de suplica, mas ela nem ligou, gritei que me mataria mas que não iria para um convento meu pai então já sem paciência me puxou pelo braço com força e me colocara dentro do carro que me levaria para o local, chorei muito o implorei que não fizesse aquilo comigo mas ele nem olhara em minha direção, chegando lá tive de ser arrastada para fora do carro até a entrada Convento das Madelonnettes, fui recebida por uma Madre e por algumas freiras ,que ficaram espantadas com meu comportamento, e ali fui deixada ate que elas me conduziram até meu quarto me entregaram algumas roupas limpas para que eu me trocasse e tomasse um banho, tudo isso sem dizer uma palavra sobre meu comportamento, e que me esperavam no refeitorio para comer alguma coisa e depois na diretoria para conversar com a Madre.

Fiz tudo isso conversei com a Madre que me disse que não toleraria o tipo de comportamento que demonstrara em minha chegada e que ali agora era o minha casa e que eu devia respeita - la , me mostrou todo o convento e nao disse uma palavra apenas tentando absorver tudo aquilo que acabara de acontecer.

Os quatro anos que se seguiram foram os piores de minha vida, fora forçada a me comportar bem, através de horas de castigo no milho, jejuns, terços e mais terços, palmatórias, nunca mais vi minha família e descobri que eles mandavam grandes quantias de dinheiro ao convento para que tivessem mais paciência comigo, fiquei sabendo que meu irmão se casara e que já era pai e tudo isso foi fez com que um ódio crescesse dentro de mim e se fortalecesse cada dia mais.

Certo dia à noite, estava na biblioteca corrigindo trabalhos que a irmã Cecile pedira quando vi sentado em uma mesa não muito distante um homem que aparentava uns 27 anos muito bonito e estranhara pois nunca o vira ali e também vi que era padre, como estava tendo dificuldade com os trabalhos resolvi ir ate ele e pedir alguma ajuda, ele fora muito educado e me ajudara e pude perceber que ele era diferente de um jeito estranho mas não me importei e logo após agradeci e fora dormir.

Apesar de ter melhorado meu comportamento as vezes saída escondido do convento a noite para dar umas voltas e voltava sempre antes do amanhecer sem que dessem por minha falta. Na noite seguinte quando ia saindo escondida as freiras resolveram sair La para fora, entrei em pânico pois não tinha como voltar para os dormitórios então com certo medo entrei em uma cripta de uma das fundadoras do convento, Santa Marta , e percebi que não estava sozinha, quando me virei vi o padre da biblioteca parado ali me encarando não sai correndo pois o medo que sentia das freiras era muito maior, depois de um tempo perguntei o que ele fazia ali e ele respondeu com impressionante naturalidade, como se aquela fosse uma situação normal do dia -a- dia, começamos a conversar e descobri que seu nome era Henry.

Apos aquele dia passei a conversar com Henry com mais freqüência, notei que ele tinha amplo conhecimento sobre a igreja e que era muito diferente para ser padre, principalmente porque passamos a ter uma relação mais próxima e intima. Não me importava com as circunstancias senti também que o que estava fazendo era uma vingança minha para com minha família, então em uma noite de sábado enquanto tinha ficado encarregada de organizar a correção de uns trabalhos enquanto as outras meninas estavam em missa na igrejinha, Henry veio ate o meu quarto e tivemos nossa primeira relação. Encontramos-nos assim em segredo durante dois anos e apesar de ter o conhecido melhor sabia que tinha algo de diferente nele.

Então no dia 26 de Março, dia em que se comemora o centenário de Santa Martha todo o convento iria a uma festa que teria em Paris, menos eu. Meus pais mandavam dinheiro para o convento todo o mês para que eu não saísse de lá principalmente que fosse a Paris.

As 19:30 todos se foram, resolvi então ficar no meu quarto e acabei adormecendo depois de um tempo acordei com um barulho estranho, mas como estava tudo escuro resolvi deixar pra lá e fui ler um livro, de repente pensei ter visto a minha sombra se mover na parede, pulei da cadeira de repente, mas não vi nada, fui ate a janela abri – La quando de repente vejo a sombra de alguém passando no corredor, fiquei com o coração na mão, minha boca secou, tinha alguém ali e eu estava sozinha, não sei de onde tirei coragem que fui ate o guarda roupa peguei o pedaço de madeira onde apoiava as roupas e fui ver quem era.

Quando sai do quarto não vi nada nem ninguém, chamei, mas não responderam, então de repente senti o pedaço de madeira ser puxado da minha mão, por instinto gritei e saí correndo, vi que à medida que avançava no corredor uma sombra avançava logo atrás de mim, não sabia como minhas pernas ainda corriam, tinha vontade de desmaiar de sumir, sentia que estava sendo punida por Deus por tudo que já havia feito e comecei a pedir perdão por todos os pecados, então de repente a sombra sumiu e tudo ficou silencioso, silencioso ate demais.

Podia escutar o som do meu coração batendo com tanta força que ate doía, estava tremendo tanto que não conseguia sair do lugar, quando de repente uma mão invisível me puxou em direção ao meu quarto que ficava no fim do corredor e vi que aquela mão

Era a sombra que me perseguia, gritei loucamente e tentei lutar contra aquela força desconhecida que parou quando chegou dentro do meu quarto em um ponto que dava pra ver a cripta de Santa Martha, de repente fui empurrada ao chão e fui arrastada por todo corredor, fazendo de tudo para lutar contra essa força, e pelo salão ate chegar à sala onde fazíamos orações durante a semana e tinha um espelho enorme na parte de cima da parede que nos mostrava sempre a imagem de Jesus de um jeito para fazer com que lembrássemos que ele sempre estaria vendo tudo.

A única coisa que consegui fazer foi rezar, pois não conseguia abrir os olhos, foi então que escutei a voz de Henry me chamando e abri os olhos cautelosamente e vi que ele estava parado ao lado da porta senti um alivio de imediato e ate me levantei, estava tão aliviada por ver que não estava sozinha que nem reparei em sua expressão ainda mais misteriosa do que normalmente, vi que ele fitava o espelho e quando me virei para ver o que ele olhava tanto, não vi nada, não via seu reflexo no espelho, então fiquei toda gelada, minha boca secou e senti que iria vomitar até o estomago para fora, fiquei paralisada e tudo piorou quando vi a sombra que me perseguira e arrastara andar em direção a Henry e virar a sombra dele, ele me encarava esperando minha reação então, quando ele deu um passo em minha direção por instinto sai correndo mas ele me alcançou rapidamente eu tentei me soltar mas ele me segurou contra a parede com tanta força que a dor me imobilizara e então ele mordeu o meu pescoço e senti a minha vida saindo de mim, antes que respirasse uma ultima vez ele mordeu o próprio braço e o colocou sobre a minha boca me forçando a beber seu sangue e me carregou até a cripta de Santa Martha, me deixou lá e saiu, comecei a sentir o meu corpo mudar a ficar mais forte e perceber e ver tudo com mais clareza, me sentia melhor e de repente senti muita sede quando ele chegou com uma das freiras a Irmã Claudine que muitas vezes fizera com que eu ficasse horas ajoelhada sobre o milho, então rapidamente a matei e a minha sede também.

Naquela noite resolvi ir ver meus pais, chegando a casa vi que estavam felizes com o netinho e que falavam bem de meu irmão, que nem se lembravam de mim, estavam dando um jantar e se arrumavam para receber uns convidados, entrei no quarto e os matei mas antes deixei que me vissem e falei tudo o que quis para eles, desci para a sala meu irmão se assustou ao me ver, principalmente porque estava suja de sangue antes que ele disse se algo matei sua esposa e seu filho e depois a ele.

Voltei para o convento tomei um banho e me troquei, Henry me disse que tinha me tornado assistente dele assim eu só trabalharia a noite.

Herdei todos os bens de minha família que deixei nas maos de um economista de confiança da família que os administrava para mim, fiquei com Henry durante sete anos ate aprender tudo que precisava , depois segui meu próprio caminho administrando meus bens e mantendo contato com Henry sempre que necessário e às vezes ocasionalmente.

Até que no ano de 2011 ele me pedira para ir ate o Brasil, em Belo Horizonte olhar para ele uns assuntos relacionados à igreja, e eu com interesse em ampliar meus negócios, e fazer novos investimentos fui.

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